No último dia 20 de agosto comemoramos o
DIA DO MAÇOM. Diversos Irmãos ausentes dos nossos trabalhos templários
prestigiaram os eventos realizados pelas Lojas e Potências paraibanas. Nestes
encontros, infelizmente, voltou a tona o seguinte adágio maçônico: “Me afastei
da Ordem, porque atualmente os dirigentes só fazem bater malhetes.”
Utilizo
este espaço para me manifestar sobre este mau que assola a Maçonaria
brasileira, onde alguns saudosistas acomodados o utilizam para tentar
justificar as respectivas ausências nos labores maçônicos. Acredito também que
estes Maçons não saibam, mas esta máxima é sinônimo de incapacidade, preguiça,
imobilismo ou comodismo.
Afirmo
categoricamente que o famoso “bater malhetes” é o slogan desses Irmãos que
vivem atrapalhando as gestões de suas Lojas e Obediências, cobrando dos
dirigentes atitudes mirabolantes e irreais. Não passam da retórica e quando são
escolhidos para trabalhar desconversam e somem.
Esta
pérola deve ter como autor algum Irmão que não teve o prazer de ver a Maçonaria
penetrar no seu âmago. Devemos ainda conscientizar esses Irmãos que Maçonaria
não se resume em uma reunião semanal, jantares, feijoadas ou qualquer outro festival gastronômico.
O
Irmão Raimundo Rodrigues, falecido em 03 de outubro de 2010, ensinou que o iniciado abandona a Maçonaria porque
teria sido atingido por três males: “dois de nascimento e um de crescimento. O
mal escolhido (o candidato foi iniciado por ser amigo do proponente e não por
ter vocação, segue-se uma sindicância imperfeita). O mal iniciado (cerimônia
com passagens bisonhas, gracejos, visitas a lugares estranhos). E o mal
instruído (pobreza didática do instrutor, falta de leitura dos clássicos
maçônicos, acessos a invencionices e achismos).” Prossegue o Irmão: “este
último item (precariedade de instrução) se agrava com a pressa em concessão de
aumento de salário.”
O
Maçom instruído deve ter sempre em mente que a Maçonaria dentro dos seus
Princípios Gerais, ensina que é dever de todo Maçom trabalhar pelo progresso do
homem. O que significa esta assertiva? Será que no interior dos nossos Templos,
reunidos em qualquer dos Graus Simbólicos, não estamos cumprindo com esta
obrigação maçônica? Será que quando Irmãos afirmam “que na atual Maçonaria só
se faz bater malhete”, não estão demonstrando uma tremenda ignorância maçônica
desconhecendo os fins da nossa Instituição?
É
fato que no Século XVIII quando a Maçonaria foi introduzida no País seu principal objetivo era libertar o povo
brasileiro do julgo português. Assim, de forma competente, participou
ativamente de todas as conquistas históricas que favoreceu os brasileiros.
Quando
nossos atuais dirigentes forem cobrados a procederem como nossos antepassados,
devem lembrar que neste período não existiam os Poderes constituídos
(Executivo, Legislativo e Judiciário), isto sem falar no Ministério
Público. Infelizmente, acredito que estes fatos históricos são utilizados para
que Maçons omissos ou perjuros justifiquem respectivas incapacidades como
membros da Fraternidade Maçônica.
Dirigir
uma Loja Maçônica não é atribuição exclusiva da direção eleita, é de todos os
seus membros, principalmente dos Mestres.
Vamos
acabar com este provérbio de mal gosto, pois a Maçonaria paraibana e
brasileira, apesar das dificuldades, é constituída de homens sérios que buscam
incansavelmente condições para que a mesma cumpra sua missão histórica.
Estamos
no século XXI e a Ordem Maçônica tem que acompanhar a modernidade, sem jamais
se afastar dos seus valores tradicionais e seculares.
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