Pela nossa
qualidade temos a obrigação de acompanhar e discutir os graves problemas que
afligem o Brasil.
Hoje em dia ouvimos com insistência a máxima: “o brasileiro perdeu a autoestima e o poder
de indignação.”
A autoestima é
um processo em que o indivíduo promove uma autoavaliação, podendo esta ser
positiva ou negativa. Por seu lado indignação é um sentimento de contrariedade,
proveniente de uma ofensa ou injustiça.
Asseguro que esta frase foi plantada
na sociedade brasileira pelos espertalhões de plantão, favorecidos pelos
escândalos rotineiramente divulgados.
Na qualidade de
membro de uma Irmandade centenária cujo objetivo é forjar homens com o fito de
contribuir para o aprimoramento da humanidade, não concordo com esta assertiva
a qual, reitero, visa estimular o comodismo da nossa população.
Considerável
parcela da nossa sociedade está engajada em uma campanha para combater a
corrupção que se alastra de forma impressionante no Brasil. A Maçonaria
necessita dar maior visibilidade a este trabalho.
É sempre bom
lembrar que corrupção se constitui no ato de corromper, degenerar, depravar,
levando alguém a afastar-se das boas práticas. Seus sinônimos são: depravação,
devassidão e prevaricação.
Para ilustrar
destaco alguns processos em curso que estão corrompendo o Brasil: a
flexibilização da Lei das Licitações (Lei 8.666/93), inicialmente para
favorecer a controversa FIFA, posteriormente estendida para as obras do PAC. As
constantes tentativas de agentes públicos em inviabilizar a Lei de
Responsabilidade Fiscal. A violência reinante na quase totalidade dos
municípios do Brasil. Os atos de corrupção eleitoral amplamente divulgado pelos
Tribunais Eleitorais. Constantes violações de direitos humanos. Descaso das
autoridades com educação e saúde. Diuturnas tentativas de manipular a imprensa.
Como homens livres
e de bons costumes, na acepção do termo, temos o dever de exercitar com
plenitude nossa cidadania, além de conscientizar alguns desavisados desta
necessidade.
Cidadania, do
latim, civitas, “cidade”, é o
conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à
sociedade em que vive. (Sic)
Como as Lojas e
Potências são construídas por homens probos, se faz necessário que estes
Franco-maçons exercitem plenamente este direito, estando neste âmbito cobrar
das respectivas Luzes providências para que esta necessidade seja plenamente
alcançada.
Não podemos,
como formadores de opinião, permanecer negligentes no que diz respeito à vida
institucional do município em que vivemos, do nosso estado e do Brasil.
A Ordem Maçônica
combate a exploração do homem, os privilégios, as regalias, o sectarismo
político, religioso e racial, a ignorância, a superstição e a tirania. Se não
observamos estes propósitos, estaremos cometendo perjuro.
Sempre é
lembrado o passado de lutas da Maçonaria. Este tempo findo deve servir de
orgulho, porém devemos trabalhar o presente. Qual será o legado que esta
geração de Maçons deixará para os futuros Irmãos? No andar da carruagem, talvez
a condição onerosa de omisso.
(Sic) http//pt.wikipedia.org/wiki/cidadania.
Acesso em 10.11.12
Publicado
no Correio Filosófico nº 50, edição novembro de 2012.
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