sexta-feira, 2 de maio de 2014

CIDADANIA



Pela nossa qualidade temos a obrigação de acompanhar e discutir os graves problemas que afligem o Brasil.
Hoje em dia ouvimos com insistência a máxima: “o brasileiro perdeu a autoestima e o poder de indignação.
A autoestima é um processo em que o indivíduo promove uma autoavaliação, podendo esta ser positiva ou negativa. Por seu lado indignação é um sentimento de contrariedade, proveniente de uma ofensa ou injustiça.
Asseguro que esta frase foi  plantada na sociedade brasileira pelos espertalhões de plantão, favorecidos pelos escândalos rotineiramente divulgados.
Na qualidade de membro de uma Irmandade centenária cujo objetivo é forjar homens com o fito de contribuir para o aprimoramento da humanidade, não concordo com esta assertiva a qual, reitero, visa estimular o comodismo da nossa população.
Considerável parcela da nossa sociedade está engajada em uma campanha para combater a corrupção que se alastra de forma impressionante no Brasil. A Maçonaria necessita dar maior visibilidade a este trabalho.
É sempre bom lembrar que corrupção se constitui no ato de corromper, degenerar, depravar, levando alguém a afastar-se das boas práticas. Seus sinônimos são: depravação, devassidão e prevaricação.
Para ilustrar destaco alguns processos em curso que estão corrompendo o Brasil: a flexibilização da Lei das Licitações (Lei 8.666/93), inicialmente para favorecer a controversa FIFA, posteriormente estendida para as obras do PAC. As constantes tentativas de agentes públicos em inviabilizar a Lei de Responsabilidade Fiscal. A violência reinante na quase totalidade dos municípios do Brasil. Os atos de corrupção eleitoral amplamente divulgado pelos Tribunais Eleitorais. Constantes violações de direitos humanos. Descaso das autoridades com educação e saúde. Diuturnas tentativas de manipular a imprensa.
Como homens livres e de bons costumes, na acepção do termo, temos o dever de exercitar com plenitude nossa cidadania, além de conscientizar alguns desavisados desta necessidade.
Cidadania, do latim, civitas, “cidade”, é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive. (Sic)
Como as Lojas e Potências são construídas por homens probos, se faz necessário que estes Franco-maçons exercitem plenamente este direito, estando neste âmbito cobrar das respectivas Luzes providências para que esta necessidade seja plenamente alcançada.
Não podemos, como formadores de opinião, permanecer negligentes no que diz respeito à vida institucional do município em que vivemos, do nosso estado e do Brasil.
A Ordem Maçônica combate a exploração do homem, os privilégios, as regalias, o sectarismo político, religioso e racial, a ignorância, a superstição e a tirania. Se não observamos estes propósitos, estaremos cometendo perjuro.
Sempre é lembrado o passado de lutas da Maçonaria. Este tempo findo deve servir de orgulho, porém devemos trabalhar o presente. Qual será o legado que esta geração de Maçons deixará para os futuros Irmãos? No andar da carruagem, talvez a condição onerosa de omisso.

(Sic) http//pt.wikipedia.org/wiki/cidadania. Acesso em 10.11.12

Publicado no Correio Filosófico nº 50, edição novembro de 2012.

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