AONDE ANDAM...

Nas minhas andanças observo com preocupação a improvisação quando da preparação das Lojas Maçônicas para os trabalhos templários.

Sempre se exige do Venerável Mestre, Vigilantes, Orador, Secretário e Mestre de Cerimônias que suas atribuições sejam rigorosamente cumpridas, porém para que uma Loja Maçônica funcione de forma plena se faz necessário outros cargos.

Temos leniência com Mestres Maçons que não procuram cumprir suas atribuições quando nomeados para cargos. Nesta oportunidade enfatizo o Arquiteto, ou seja, o oficial encarregado de levantar os óbolos na Loja e distribuí-los aos necessitados, com preferência aos Maçons.

Alguns defendem a tese que este oficial tem plena autonomia financeira não sendo necessário prestar  contas  aos seus pares, o que este articulista discorda.

Também é o responsável por visitar, cuidar e socorrer os enfermos, membros da Loja, e profanos que lhe forem designados. O Mestre Nicola Aslan aconselha que o Irmão escolhido para esta função seja um médico.

No Regulamento Geral do Grande Oriente da Paraíba as atribuições deste oficial estão elencadas no artigo 107.

Na prática a realidade é outra. Temos o Venerável Mestre ou outro Obreiro correndo para aprontar a Loja e no final dos trabalhos recolher e guardar o material utilizado, o qual, em algumas oportunidades, não possui local adequado.

Às vezes o nomeado não tem condições de exercer este mister e em outras o indicado nem sabe de sua designação, situações que caracterizam falta de planejamento.

A principal característica do indicado para esta função é o tempo, uma vez que é o primeiro a chegar e o último a sair. Também deve ter noção de contabilidade, pois apresenta, sempre que solicitado, balancetes e inventários dos bens a seu cargo.

Xico Trolha em seu livro Cargos em Loja define assim o arquiteto: “é um cargo que parece de pouca importância, mas que na realidade é tão ou mais importante que muitos outros tidos como tal”.

Se os Mestres Maçons priorizarem o trabalho, virtude que edifica,  relegando o ócio, vício que destrói, a Arte Real seguirá forte educando gerações.

Bibliografia:

ASLAN. Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria Simbólica, volume II. 1ª ed. Londrina. A Trolha. 1996. 606 p.

TROLHA, Xico. Cargos em Loja. 9ª ed. Londrina. A Trolha. 2012. 225 p.

Grande Oriente da Paraíba. Vade Mecum Maçônico. 2ª ed. João Pessoa. Mangabeira. 2009. 200 p.

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