segunda-feira, 2 de março de 2015

RELACIONAMENTO MAÇÔNICO







Nas relações no mundo profano como no meio maçônico os homens devem observar algumas normas existentes, sejam elas ditadas pela tradição ou inseridas no arcabouço jurídico da comunidade. Dentre essas regras encontramos a coerência, ou seja, procedimento uniforme, lógico e coeso que provoca ações harmônicas e estáveis.
Como membro da sociedade maçônica e interessado nos atos e fatos que a regulamentam, procuro me inteirar dos acontecimentos que a norteiam, alguns de fácil entendimento e outros de difícil concordância.  
Recentemente repercutiu a decisão do Soberano Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil (GOB) sobre a intervisitação. Esta autoridade determinou que os Maçons do GOB só devem visitar ou aceitar visitantes de Obediências que estejam elencadas no “List of Lodge”, livro publicado pela  Grandes Lojas Americanas, o qual relaciona as coirmãs com quem mantém tratado de amizade e mútuo reconhecimento. 
A publicação deste alfarrábio mostra o avanço da maçonaria norte-americana, obrigando a Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI) a aceitar os certificados de reconhecimento por ela expedidos. O “list of Lodge” é, sem sombra de dúvidas, uma certidão de reconhecimento.  Em outras palavras, o recuo dos ingleses mostra cabalmente a perda de prestígio uma vez que a GLUI era a única a possuir este direito, para alguns revestidos de uma áurea sobrenatural.
É sustentado que em observância ao princípio da legalidade somente Maçons subordinados a Grandes Lojas ou Grandes Orientes vinculados ao “List of Lodge” devem participar dos trabalhos templários das Oficinas jurisdicionadas ao Grande Oriente do Brasil. Ocorre que esta observância nem sempre é observada, gerando o famoso  “por  quê”. Sabemos que reconhecimento é um processo político e que, em certos momentos, é  utilizado para atender interesses sazonais.
A Maçonaria pátria possui mais de 211 mil Maçons conforme dados divulgados pela Maçonaria Unida de São Paulo, qualificando-a como a terceira do mundo em número de adeptos. Não estaria na hora dos gestores da COMAB, CMSB e GOB, utilizando estes dados estatísticos, se unirem para resolver a questão do reconhecimento e de outros problemas que abalam a Ordem.  Vamos seguir o exemplo da Maçonaria germânica, que criou uma representação para falar em nome de todos os Maçons residentes na Alemanha.
Seria esta providência impossível?



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