“Não
vá transformar suas palavras em uma besteira qualquer. Nessa ocasião, é melhor
ficar calado”. (Matheus Alex Sandder)
De uma maneira sucinta podemos dizer que preconceito
se constitui na opinião ou pensamento sobre algum ente de maneira preconcebida,
a partir de análise sem fundamento ou conhecimento.
No
dia 12 de maio a senadora Wanessa Grazziotin (PC do B-AM) tentando
ridicularizar seu adversário político,
senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), chamou-o de autista. Frase da
parlamentar: "Ele é autista".
Após
ser questionada em diversas mídia, pediu desculpas e deu o caso por encerrado. Entretanto, ficou
no ar a pergunta: será que a nobre parlamentar sabe o que é autismo?
A
Casa de David, instituição sem fins lucrativos com sede em São Paulo que atende
quase quinhentas pessoas carentes com autismo e deficiências físicas, nos
ensina que autismo é considerado uma síndrome comportamental com etiologias
múltiplas e curso de um distúrbio de desenvolvimento. Caracteriza-se por um
déficit social visualizado pela inabilidade em relacionar-se com o outro,
usualmente combinado com déficits de linguagem e alterações de comportamento.
Esta
síndrome atinge cerca de 70 milhões de pessoas no mundo e em nossa ultrajada e
saqueada Pátria alcança mais de dois milhões de brasileiros.
Existe
alguma coisa errada em nosso Parlamento!
No dia 21 de maio do ano passado, durante a votação da chamada “Lei da
Palmada” na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o deputado
Pastor Eurico (PSB-PE) afirmou que a apresentadora Xuxa Meneghel não tinha
moral para comparecer aquele evento, uma vez que praticou violência contra
crianças ao protagonizar um filme adulto com um menor de 12 anos. Resultado:
foi escrachado e expulso da CCJ. A nobre
senadora amazonense, após perpetrar este ato explícito de psicofobica, não
sofreu sequer uma admoestação da presidência da casa.
Lembro
que psicofobia, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, é o preconceito contra os portadores de
Transtornos e de Deficiências Mentais. No Senado Federal encontra-se aguardando
designação de um relator o PLS (Projeto de Lei do Senado) nº 236/2012, que
torna a Psicofobia um crime.
Manifestações
deste tipo confirmam o que Nei Lopes, compositor, cantor e escritor carioca,
afirmou quando participou em 2011 da Bienal Internacional do Rio de Janeiro: “O
Brasil é uma sociedade altamente preconceituosa, racista e excludente".
O
Maçom, pela sua qualidade, deve protestar contra qualquer tipo de
discriminação, sob pena de se tornar perjuro.
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