sábado, 10 de outubro de 2015

MESTRE DE HARMONIA

O cargo de Mestre de Harmonia é uma função derivada do Mestre de Cerimônias, pois tem relação intima com a beleza e demais atos praticados quando da realização dos trabalhos templários.
O ocupante deste cargo deve ser um Mestre Maçom experiente, com grande sensibilidade musical e com conhecimento sobre o Rito praticado em sua Oficina. Este cabedal oportunizará  as condições necessárias para que a Loja alcance a harmonia desejada.
Este Oficial, que desempenha suas funções na Coluna da Harmonia, deve executar  músicas que se coadunem com as sessões maçônicas, pois estas visam embelezá-las contribuindo para desenvolvimento intelectual e espiritual dos presentes.
O Mestre de Harmonia, em parceria com o Venerável Mestre ou cumprindo delegação deste, deverá selecionar com antecedência as músicas que executará, mantendo uma sequencia adequada para cada parte do ritual.
Alguns cuidados quando no exercício de suas atribuições: a interrupção da melodia  só deve ocorrer quando terminar a frase musical, os Veneráveis Mestres deverão respeitar essa regra, do contrário a harmonia perde o sentido. Preferir músicas maçônicas ou de autores maçons; é muito comum se ouvir em Lojas músicas inapropriadas que quebram a concentração dos Irmãos prejudicando o andamento dos trabalhos. Obras utilizadas pelas diversas religiões é um ponto negativo, pois poderá melindrar adeptos de credos diferentes.
Estudiosos em harmonia maçônica aconselham a adoção das medidas a seguir  elencadas, quando no transcorrer das Sessões Ordinárias, Magnas e Especiais: para a entrada dos Irmãos do quadro, menos  nas Sessões Fúnebres, deverá ser tocado o hino Maçônico de Mozart ou o hino da Maçonaria de D. Pedro I; não existindo estas obras qualquer outra música maçônica. A saída poderá ser executada a obra de Mozart subintitulada “Para o Fechamento da Loja”, ou as melodias citadas acima. Para a entrada e saída de autoridades maçônicas, profanas e convidados nas sessões brancas, excluindo-se as fúnebres, aconselha-se a marcha maçônica de Beethoven. Na circulação do saco de proposta e informações e tronco de beneficência, as músicas indicadas são: Tais e Meditação de Massenet; Souvenir de Drdla e Sonho de Amor de Liszt.
Existe um dispositivo legal no âmbito do Grande Oriente da Paraíba determinando que na entrada ou saída dos Obreiros e visitantes o hino da Potência, de autoria do Irmão João Vanildo da Silva, deve ser executado.
O Mestre de Harmonia, como já enfatizado, deve ser um Maçom com alta sensibilidade, porém, visando subsidiar seu labor, sugerimos duas obras maçônicas: "Coluna de Harmonia" de Zaly Barros de Araújo e “Cargo em Loja” do Xico Trolha, ambas publicadas pela Editora Maçônica “A Trolha”.
Face ao exposto, é de bom alvitre  que os Veneráveis Mestres procurem colocar na Coluna da Harmonia Mestres Maçons interessados em desempenhar este cargo, imprescindível para o embelezamento dos trabalhos realizados pela Ordem.

Um comentário:

Francisco Mayo disse...

Matéria simples, porém muito elucidativa.